No início deste ano, falava-se que a nossa taxa básica de juros iria terminar 2024 em 9%. A queda começou em agosto de 2023, quando a Selic estava em 13,75%, e caiu até o patamar de 10,50%, o qual se manteve por 2 reuniões, até voltar a subir e o Banco Central, através da ata do COPOM, identificar que um novo ciclo gradativo de alta, que tem a previsão de até março de 2025 chegar a 14,25%, o mesmo patamar que na crise de 2015/2016.
Em consequência dessa alta da Selic, a Renda fixa, que devido ao grande patamar dos juros brasileiros, estava muito atrativa, volta a ganhar forças após o mercado identificar uma nova tendência de baixa da renda variável (devido ao próprio aumento dos juros), visto que é previsível sua taxa ficar em dois dígitos por uma período mais prolongado.
Com isso, é comum investidores ficarem mais atentos às oportunidades nessa classe de ativos, e dadas as inúmeras opções de investimentos, ficarem em dúvida entre quais comprar. Portanto, eu desenvolvi uma planilha capaz de comparar os retornos dos ativos disponíveis, para assim você ter maior precisão e noção de que está fazendo a compra correta. Através dela você conseguirá descobrir a equivalência entre pré-fixados e pós fixados, isentos e não isentos.
A parte de isenção em LCI’s e LCA’s, que são os ativos isentos mais comuns, são a principal dificuldade de visualização dos investidores na hora de comparação com CDB’s. A isenção tem um papel crucial no retorno líquido para o investidor, especialmente em cenários como estamos vivendo, pois quanto maior a taxa de juros, maior é o benefício fiscal do investimento.
Quando um investimento é tributado, a alíquota do imposto de renda incide sobre o rendimento bruto, reduzindo o ganho líquido do cliente. No entanto, ao investir em um produto com isenção fiscal, o investidor consegue preservar o rendimento bruto e melhorar o retorno final, principalmente em casos de retirada do investimento em menos de 2 anos, onde o imposto fica maior que o mínimo de 15%.
Para entender melhor, colocarei aqui uma simulação do impacto da isenção em taxas de juros de 10% e de 13% ao ano, considerando a alíquota mínima de 15% (mais de 720 dias dias aplicado). A rentabilidade bruta equivalente achamos pela seguinte fórmula, na qual o resultado dará em uma diferença na porcentagem do CDI:
RENTABILIDADE BRUTA EQUIVALENTE (RBE) = RENTABILIDADE LÍQUIDA / (100% – % de IR)
No caso da taxa em 10%, ficaria: RBE = 10% / (100%-15%)
O resultado da conta dará 11,76%. Isso significa que um título de 10% isento, seria a mesma coisa que um título 11,76% não isento (conforme as premissas já citadas de imposto de renda em 15%). Outra forma de avaliar o resultado é que a isenção te daria 1,76 pontos percentuais a mais, ou seja, CDI + 1,76%.
Agora no caso da taxa em 13%, bastaria trocarmos na fórmula a rentabilidade líquida (ficando em RBE = 13% / (100%-15%).
Isso nos daria um resultado de 15,29%. Novamente, isso quer dizer que, se isento, você está ganhando 2,29% a mais que o CDI, ou que um título 13% isento significaria o mesmo que um CDB de 15,29% não isento.
Esses valores mostram o impacto direto da isenção fiscal sobre o retorno final do cliente. Em um investimento isento, o cliente consegue maximizar a rentabilidade, aumentando o retorno líquido em comparação a investimentos tributados. Isso reforça o valor de produtos incentivados, como, além de LCI’s e LCA’s, fundos com alocação em debêntures incentivadas. No portfólio do investidor, tais ativos podem otimizar sua rentabilidade no longo prazo.
Voltando para a planilha, nem todo mundo gosta, consegue, e nem mesmo tem necessidade de ficar fazendo essas contas toda hora. Imagine também que seu assessor ou gerente de banco pode estar te oferecendo um produto, e você não sabe de fato se é ou não um bom negócio… Foi com esse intuito que foi construída uma maneira automatizada de transformar tais taxas. Caso você queira acesso a ela de forma totalmente gratuita, basta fazer o seguinte:
1- ACESSAR O LINK NO BOTÃO ABAIXO E INSERIR OS SEUS DADOS NO FORMULÁRIO;
2- DEIXAR NOS COMENTÁRIOS DESTE POST A FRASE: “EU QUERO”.
Caso você queira um tutorial de como usar a planilha e como maximizar seu uso, temos um tutorial em vídeo no nosso canal do Youtube! Para acessar, é só clicar na Thumb abaixo! Faça bom aproveito!
Luciano Herzog é Consultor de Investimentos certificado pela CVM e formado em Administração de Empresas. Com anos de experiência no mercado, o qual já trabalhou anteriormente como assessor, ajuda pessoas e empresas a alcançarem seus objetivos financeiros através de estratégias personalizadas, com foco no cliente e valorizando o relacionamento e a transparência em suas interações.
