2024 não foi um ano fácil para o mercado financeiro, principalmente para países emergentes, como o Brasil. Sofremos muito com fatores externos, em virtude de taxas de juros altas nos Estados Unidos, levando o fluxo de investimento estrangeiro todo para os americanos, diminuindo um apetite ao risco e aumentando o preço do dólar.

Mas, além dos fatores externos, a economia brasileira também não ajudou, sendo o principal peso para a precificação de nossos ativos. O governo bateu recorde de arrecadação em todos os meses até o momento do lançamento deste e-mail, e mesmo assim não conseguiu apresentar um mês sequer de superávit nas contas públicas.

Esse desalinhamento é disfarçado em outros pontos de vista da economia, como um mercado de trabalho aquecido, com desemprego nas mínimas históricas, e com a projeção de um crescimento do PIB em 2024 de mais de 3%, patamar difícil de se encontrar no Brasil. Entretanto, o governo nos últimos meses até tentou se compadecer, repercutindo uma necessidade de corte de gastos para ancorar as expectativas de inflação, do dólar e do mercado, mas a divulgação das medidas do pacote, juntamente com a isenção de IR para aqueles que ganham até 5.000 reais, ao invés de aliviar os agentes, só causou mais preocupação.

Depois de todos os percalços do ano, alguns indicadores brasileiros são:

  • Real fica como a moeda mais desvalorizada frente ao dólar;
  • Expectativa inicial para a taxa de juros de 9% no final do ano, termina de fato em 12,25%, com indício de 14,25% até março de 2025;
  • Inflação crescente, provavelmente terminando o ano acima do teto da meta, que é de 4,5% ao ano;
  • Relação dívida/PIB saiu de 73,5% (a menor desde 2017) para 80%.

Enquanto isso, no país mais próximo do Brasil, a Argentina, no primeiro ano completo de Javier Milei como presidente, os “hermanos” saíram de um país desastrosamente arrasado, para voltar a terem uma certa previsibilidade, com olhar de investimento estrangeiro e inflação em patamares mais comportados.

Veja só alguns números do país conquistados através das medidas de austeridade de Milei:

  • Peso argentino é a moeda que mais se valorizou em 2024 frente ao dólar;
  • Iniciou o ano com juros em mais de 100% ao ano, agora se encontra em 32%;
  • Inflação passou de 25,5% ao mês para 2,4% em novembro;
  • Apresentará, muito provavelmente, superávit nominal, contando com os juros da dívida. Isso não aconteceu nenhuma vez nos últimos 123 anos.


Apesar dos grandes choques à população das medidas na Argentina, Milei tem trazido resultados que beneficiarão a todos num longo prazo, trazendo a Argentina de volta ao patamar de grande potência mundial. A bolsa do país negociada em dólar avançou mais de 60% no ano, contra uma queda de mais de 20% da bolsa brasileira.

Isso ocorre mesmo quando os resultados trimestrais de empresas listadas são divulgados com bons números, mas os eventos macroeconômicos demonstram mais peso na cotação dos ativos. Imagine só se tais resultados viessem dentro de um cenário parecido com o de nossos vizinhos, investidores não só do Brasil, mas inúmeros mundo a fora, estariam rindo a toa com o Ibovespa nas alturas, com o Brasil dentro de um rating de grau de investimento.

Pela primeira vez em muitos anos, os brasileiros tem no que se espelhar nos argentinos, com um governo muito eficaz em políticas fiscais, de austeridade e de gerenciamento da economia, para deixar uma herança melhor e mais saudável para gerações futuras, com preços e saúde pública controlados, sem contar o prazer de se investir dentro dele, o que nos dias atuais é algo que vem se perdendo no Brasil.

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